No mundial, Black lidera individual geral

B97349796Z.120140729175356000GTS66PP9.11Por Jerfferson Medeiros

Glasgow, na Escócia, sedia a 46ª edição do Campeonato Mundial de Ginástica Artística. Evento este, que garantirá aos oito primeiros colocados o passe – equipes completas – para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no Brasil, em 2016.

O campeonato mal começou e já é marcado por decepções para alguns e tantas gratas surpresas para outros.

Neste 1º dia de classificatória, a Rússia lidera a competição com 231,437. É seguida pela anfitriã, a Grã-Bretanha (227,162), pela Itália (224,452), Japão (223,863), Canadá (222,780) e pelo Brasil (221,861), que ocupa a 6ª colocação temporariamente.A Romênia, integrante do “intocado” G4 da WAG, sem Catalina Ponor e com apresentações aquém do esperado, aparece apenas em 8º e perdeu a chance, neste WC, de antecipar a garantia de ida de uma equipe completa para o Rio. Terá, portanto, que disputar o evento teste.

O Brasil fez o que se propôs a fazer, atenuando falhas, impondo o desejo de luta e mostrando, sobretudo, a excelente qualidade de nossas ginastas. No geral, passaram e muito bem por esta etapa. Reforço que o país sofreu alguns importantes desfalques, a exemplo das talentosíssimas Julie Kim e Rebeca Andrade.

Na disputa do individual geral, a canadense e atual campeã panamericana, Elsabeth Black, lidera com 57,299. Ocupam a 2ª e 3ª colocações, respectivamente e provisoriamente, a russa Seda Tutkhalian (56,599) e a britânica Amy Tinkler (56,466). Lorrane Oliveira foi, dentre as brasileiras, a que mais pontuou (56,365). Ocupa a 6ª colocação. Flávia Saraiva, medalhista de bronze no AA no Pan do Canadá, está em 8º, dentre todas as participantes, com a nota 55,798.

No salto sobre a mesa, a medalhista olímpica Maria Paseka (RUS) apresentou o Amanar e Cheng, em ambos pontuando acima dos 15,500, e lidera o aparelho com a média de 15,583. A britânica Elissa Downie aparece em 2º com 14,949 (5,8/5,6) e a russa Seda Tutkhalian em 3º, 14,816 (5,8/5,6). A veterana Oksana Chusovitina apresentou o Produnova e por enquanto aparece entre as oito colocadas.

Já nas barras paralelas assimétricas, o domínio é russo com Daria Spiridonova (15,466 | 6,7) e Victoria Komova (15,300 | 6,5) ocupando as primeiras colocações. A alemã Sophie Scheder aparece em terceiro (15,033 | 6,6). Rebecca Downie, atual vice-campeã europeia, falhou e está fora da final.

Black, na trave do equilíbrio, lidera com 14,600 (D=6,4). Komova aparece em 2º com a mesma nota de sua compatriota Tutkhalian, 14,533. No geral, as brasileiras se saíram muito bem neste aparelho, Jade Barbosa (14,200 | 5,7) e Flávia Saraiva (14,133 | 5,8) se mantém entre as oito primeiras colocadas.

Já a disputa do solo, a “Biles japonesa”, Sae Miyakawa somou expressivos 14,900 (D=6,3), desbancou nomes como a russa Ksenia Afanasyeva (14,633 | 6,1) e a britânica Claudia Fragapane (14,600 | 6,3) na disputa pela liderança.

Amanhã, 24. teremos a continuidade as definições sobre as finais por equipes, AA e aparelhos.

Fonte: FIG | Foto: thechronicleherald.ca

No mundial, Black lidera individual geral

Em SP, Saraiva foi a mais condecorada neste 2º dia de finais

artistic_gymnastic_world_challenge_cup_brazil_2015_9Por Jerfferson Medeiros

Neste domingo (03), foi realizado o último dia de finais da etapa de São Paulo. Dando início às competições, aconteceram as apresentações masculinas no solo. Na ocasião, o chileno Enrique Sepulveda, que havia se classificado na 1ª colocação, somou 15,625 e conquistou o título (D=6,8). Diego Hipólito (BRA) aumentou sua nota de dificuldade, 6,5 para 6,6, somou 15,550 e conquistou a medalha de prata. Mathias Fahrig (GER) levou o bronze (6,8|15,475). O finlandês Oskar Kirmes superou sua nota da classificatória, pontuou 14,975 e foi o 4º colocado. Ângelo Assumpção (BRA) que já se sagrou campeão no VT nesta etapa, conquistou a 7ª colocação, ao somar 14,500.

Nas argolas, Arthur Zanetti (BRA) conquistou a medalha de ouro, ao somar expressivos 15,900. Zanetti, na etapa classificatória, superou os 16 pontos. A prata foi para outro brasileiro, Henrique Flores, que vem de lesão e mesmo assim fez uma grande apresentação, superando os 15 pontos. O bronze foi para o argentino, que foi finalista olímpico, Federico Molinari, que pontuou 15,000, com uma nota D=6,7.

Já nas competições femininas, a campeã olímpica nos Jogos da Juventude, Flávia Saraiva, conquistou a medalha de ouro no solo. Na etapa classificatória, ela havia terminado na 1ª colocação. Durante sua apresentação no EF, ela pisou fora do tablado, na aterrissagem do duplo carpado, mas mesmo essa falha não foi suficiente para interferir no resultado, e ela subiu no lugar mais alto do pódio (5,7|13,625). Esta final contou com mais uma dobradinha alemã, Elisabeth Seitz conquistou a prata, 13,400, e Leah Griesser, o bronze, 13,325. Um destaque desta prova, foi o 4º lugar conquistado por Valerija Grisane (LAT), que mostrou linhas clássicas, bastante expressivas e artísticas.

No cavalo com alças, com quase um ponto a menos em relação à classificatória, o campeão mundial em 2009, Hongtao Zhang (CHN), decepcionou, pontuou 14,900 e levou a prata. Seu compatriota, Ruoteng Xiao somou 15,075, nota D=7,0, e arrebatou a medalha de ouro.  Andreas Toba (GER) levou o bronze, ao pontuar 14,400, nota esta, de grande valia para a equipe alemã, que não conta com grandes especialistas neste aparelho. Petrix Barbosa somou 14,325.

Finalizando a competição, Flávia Saraiva mostrou para que foi, conquistou o vice-campeonato na trave do equilíbrio. Com uma alta nota de dificuldade, 6,5, digna de final mundial e olímpica, somou 15,100 e arrebatou a medalha de prata. Lembrando que a ginasta é atual vice-campeã olímpica nos YOG. Chunsong Shang (CHN) acertou sua série, pontuou 15,400, com uma nota D=6,7, e levou o título. Uma boa surpresa foi mostrada por Sophie Scheder. A alemã conquistou o bronze com 14,000.

Fotos: Ricardo Bufolin/CBG

Em SP, Saraiva foi a mais condecorada neste 2º dia de finais

Em São Paulo, três nações sobem ao lugar mais alto do pódio no 1º dia de finais

VTPor Jerfferson Medeiros

São Paulo e o Brasil retornaram ao calendário esportivo da FIG, e com grande reestreia. Atletas renomados e de vários países tem mostrado um excelente nível em mais um grande evento, que antecede o Mundial, e decerto dará início às escolhas que integrarão às equipes para Glasgow.

Ontem (02), aconteceram as primeiras finais, e muitos foram os destaques. Vale ressaltar que a competição não seguiu a ordem olímpica.

Começando as disputas, no salto sobre a mesa masculino, o jovem e promissor Ângelo Assumpção aumentou sua nota de dificuldade (6,0|5,6) em relação à classificatória (5,6|5,2), teve notas de execução acima dos 9 pontos, foi o único atleta a superar, na média, os 15 pontos, e clamou o título. Mathias Fahrig (GER) conquistou a medalha de prata (5,6+5,6|14,850), e o brasileiro Diego Hipólito, o bronze (5,6+5,8|14,837). O favorito à prova, Enrique Sepulveda (CHL), que havia se classificado na 1ª colocação, errou o tsukahara com duplo carpado e conquistou a 4ª colocação.

HBNa barra fixa, ouro para o chinês Ruoteng Xiao. Na oportunidade, apresentou a maior nota D da final, 7,0, somou 15,125 e levou o título. A Argentina, com o Nicolas Cordoba, conquistou a medalha de prata (6,5|15,050). A surpresa deste pódio, e merecidamente, foi protagonizada pelo dominicano Audrys Nin Reyes, que apresentou a segunda maior nota de dificuldade, 6,9, pontuou 14,975, e levou o bronze.

Já nas barras paralelas, o título foi arrebatado pelo alemão Lucas Dauser, que travou a disputa com o chinês Xiaodong Zhu. Na classificatória, ambos os ginastas pontuaram 15,650. Dauser somou 15,750 (6,7) nesta final. Zhu, (D=6,5), somou 15,525. Francisco Barreto (BRA) aumentou em um décimo sua nota D, 6,3 para 6,4, superou sua nota da classificatória, finalizou com 15,300 e conquistou a terceira colocação.

BPNo mundial de Nanning, realizado ano passado, Dauser já dava sinais sobre sua promissora série de paralelas. Na final por equipes, conquistou a maior nota, dentre os alemães, 15,366. Vale também destacar, que Xiaodong foi o representante chinês na 1ª edição dos Jogos Olímpicos da Juventude.

Ainda em relação a esta final, o medalhista mundial no WC de 2013, o estadunidense John Orozco foi o quarto colocado (6,7|15,275).

Nos eventos femininos, Yalan Deng (CHN) apresentou dois saltos difíceis, os mais dentre as competidoras, 6,0 e 6,2, respectivamente, e conquistou o título. Rebeca Andrade apresentou as maiores notas de execução desta final, (5,8=9,275|5,2+9,125) e conquistou a medalha de prata com 14,700. A chilena Franchesca Santi foi uma grata surpresa deste evento, onde apresentou um DTY que lhe rendeu 14,725, e na média se manteve acima dos 14, conquistando o bronze. A brasileira Letícia Costa apresentou um DTY, 14,700, e foi a 4ª colocada.

Na final das barras paralelas assimétricas, representando a tradicional escola chinesa e sem a participação de Jiaxin Tan, Chunsong Shang conquistou a medalha de ouro, ao apresentar uma série de 6,7 de dificuldade e pontuar 15,025. As alemãs Sophie Scheder (6,4|14,875) e Elisabeth Seitz (6,4|14,700) conquistaram a prata e o bronze, respectivamente. Elsa Garcia, do México, fez uma grande apresentação, pontuou 14,525 (D=6,0), subindo à quarta colocação. Garcia superou em mais de um ponto sua nota da etapa classificatória.

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Fotos: Ricardo Bufolin/CBG

Em São Paulo, três nações sobem ao lugar mais alto do pódio no 1º dia de finais