Ponor treina nova saída na trave do equilíbrio

Um vídeo mostra, há alguns anos, a multimedalhista olímpica e estrela  romena, Catalina Ponor, treinando duplo esticado na saída da trave do equilíbrio.

A ginasta havia anunciado sua aposentadoria depois dos Jogos Olímpicos de Londres, realizados em 2012, mas para alegria dos fãs e amantes do esporte, voltou a treinar focando em mais uma olimpíada.

Foto: Reuters/ Mike Blake

Ponor treina nova saída na trave do equilíbrio

EUA faz dobradinha no individual geral

bandeira-EUA-905x500Por Jerfferson Medeiros

A final do individual geral feminino, realizada nesta quinta-feira (29), foi marcada pelo domínio estadunidense. Simone Biles se tornou tricampeã mundial e Gabrielle Douglas, atual campeã olímpica, a vice.

Se não me falha a memória, a última vez que uma campeã olímpica medalhou em uma disputa AA num WC foi em 1981, com Yelena Davydova (URSS). Hoje, Douglas faz parte da história, repetindo o feito da russa. E falando em Rússia, desde 2010 a nação tinha um representante no pódio. Resultado este, interrompido.

O destaque de hoje, além do já previsível ouro de Biles, foi o bronze de Larisa Iordache (ROU), que superou a si mesma, às pressões e cobranças, fez o que se propôs a fazer e conquistou um excelente resultado, desbancando outras favoritas, a exemplo da campeã europeia, Giulia Steingruber (SUI), e da campeã panamericana, Elsabeth Black (CAN). Iordache fechou sua apresentação nas barras paralelas, aparelho que não é o seu mais forte, mas não decepcionou e pontuou expressivos 14,800, o suficiente para lhe assegurar no pódio.

1ª rotação

Na trave do equilíbrio, a romena Iordache pontuou 14,766 (D=6,3). No salto sobre a mesa, Simone Biles (USA) saltou amanar e pontuou 15,833. Giulia Steingruber (SUI), fez um excelente rudi, 15,600.

Flávia Saraiva (BRA) errou na trave, sofreu duas quedas, e somou 12,226. Já Chunsong Shang (CHN) acertou sua série nas paralelas e pontuou 15,166 (D=6,7).

Biles 15,833 | Steingruber 15,600 | Douglas 15,300 DTY

2ª rotação

A japonesa Asuka Teramoto acertou o  rudi e pontuou 15,166. Laura Jurca (ROU) fez um limpo DTY e somou 15,133. Outro destaque dessa rotação foi a chinesa Shang que fez 14,700 na trave, subindo à terceira colocação.

Biles 30,733 | Douglas 30,333 | Shang 29,866

3ª rotação

Simone Biles abriu a terceira rotação, não fez a trave que costuma fazer, desequilibrou e somou 14,400. Outras favoritas foram derrubadas pela trave, como Black e Steingruber.

Nesta rotação, alguns bons resultados foram obtidos por Shang no solo (14,533 | 6,6), por Iordache no salto (15,066 | DTY) e por Elisabeth Seitz (GER) nas barras (15,233 | 6,6). Simone continuou, ao término das apresentações, liderando.

Biles 45,133 | Douglas 44,733 | Shang 44,339 | Iordache 44,307

4ª rotação

Esta foi uma disputadíssima rotação. Shang, que estava entre as três primeiras, saltou um FTY, liderou por um tempo, mas veio Iordache com uma excelente prova de UB (14,800 | 6,3), a desbancou e se garantiu no pódio. Biles fechou sua participação no solo, pontuou acima dos 15,000 e conquistou mais uma medalha dourada para sua coleção.

Biles 60,399 | Douglas 59,316 | iordache 59,107

Confira os resultados.

Fonte: FIG.

EUA faz dobradinha no individual geral

Em Glasgow, a equipe holandesa fez história

downloadPor Jerfferson Medeiros

Hoje, 24, foram definidas em Glasgow, as equipes finalistas, assim como as atletas que disputarão o individual geral e as finais por aparelho. A disputa por equipe tinha um peso e prêmio a mais, uma vez que garantia à equipe levar, sem disputar o evento teste, um time completo para o Rio de Janeiro, em 2016.

Na disputa por equipes, os Estados Unidos da América lidera (236,611), seguido por Rússia (231,437) e pela anfitriã, a Grã-Bretanha (227,162). O Brasil, que sediará as olimpíadas do próximo ano, perdeu a vaga, em uma disputa acirradíssima, para a Holanda, que fez história hoje, tanto pela classificação olímpica, quanto por levar uma equipe completa. Ainda em relação ao Brasil, a nação terá que disputar o evento teste. O país sofreu importantes desfalques, mas pelos bons resultados apresentados, classificar uma equipe completa é uma realidade.

Na disputa pelo individual geral, a bicampeã Simone Biles foi avassaladora, se classificou em 1º lugar e individualmente para quatro finais, AA, VT, BB e FX. No salto, com o amanar, chegou a casa dos 16,000. No solo, com uma dificuldade de 6,9, impôs uma diferença de mais de um ponto frente à segunda colocada. Biles somou 15,966. Na trave, defenderá o titulo obtido ano passado.

Ainda em relação à disputa AA, o grupo que Biles estará, que compreende as seis primeiras colocadas, será composto pela campeã olímpica Gabrielle Douglas (3ª colocada – 57,516), Giulia Steingruber, que é campeã europeia, e se classificou em 2º (57,640), a atual campeã panamericana, Elsabeth Black (CAN), a medalhista de bronze AA nos Jogos de Baku, Lieke Wevers (NED) e Seda Tutkhalian (RUS). Larisa Iordache (ROM) terá a oportunidade de, indiividualmente, lutar pelo pódio.

Na disputa do salto, Biles (15,633 | 6,3/5,6), Maria Paseka (15,583 | 6,4/6,3), Un Jong Hong (PRK), (15,533 | 6,3/6,4), e Steingruber (15,316 | 6,2/5,8) aparecem nas quatro primeiras colocações, com exceção de Giulia que tem como salto forte o Rudi, as outras ginastas citadas apresentaram, dentre seus saltos, o Amanar.

Nas barras paralelas, a Rússia se manteve com as duas primeiras colocações. A estadunidense Madison Kocian conquistou a terceira colocação, ao superar a casa dos 15 pontos (D=6,6). À final da trave, liderada por Biles, a surpresa foi, sem sombra de dúvidas, protagonizada pelas holandesas, Sanne Wevers, com uma nota D=5,9, pontuou 14,766 e segue na segunda colocação. Sua compatriota, Eythora Thorsdottir é a 8ª.

A final do solo será interessantíssima, de um lado Biles, que por 0,044 não chegou aos 16 pontos, e do outro renomadas e condecoradas ginastas, como Ksenia Afanasyeva (RUS), Claudia Fragapane (GBR) e Steingruber (SUI). Uma boa surpresa foi a presença de Sae Miyakawa, do Japão, que segue em 2º. Uma decepção foi protagonizada por Alexandra Raisman, atual campeã olímpica, que perdeu sua vaga para Margareth Nichols, sua compatriota.

Os países que disputarão o evento teste serão: Brasil (221,861), França (219,919), Bélgica (219,780), Alemanha (219,261), Romênia (217,220), Austrália (214,812), Coreia do Sul (213,744) e Suíça (213,494).

Confira o resumo da classificatória de ontem.

Amanhã, 25, terão início as disputas masculinas.

Fonte: FIG | Foto: Arquivo | UEG

Em Glasgow, a equipe holandesa fez história

Prêmio Longines Prize. Quem leva?

porgras_ana_19Por Jerfferson Medeiros

O prêmio Longines condecora os ginastas mais elegantes da competição. Eis um breve retrospecto:

Em 2010, no Campeonato Mundial de Roterdã, na Holanda, a japonesa Rie Tanaka foi agraciada com o prêmio. Neste WC, Tanaka foi a 12ª colocada no individual geral e melhor japonesa da final, desbancando sua compatriota Koko Tsurumi.

Já no mundial de Tóquio, no Japão, foi a vez da romena Ana Porgras conquistar o título. Porgras foi uma das atletas mais expressivas, artisticamente falando, no ciclo que culminou em Londres. Em terras japonesas, a europeia conquistou a 6ª colocação na disputa AA. Ela, vale lembrar, protagonizou uma decepção ao não defender o título na trave, conquistado no mundial do ano anterior.

Em 2013, na Bélgica, a estadunidense Kyla Ross levou o Longines Prize. Somaram-se ao prêmio, o vice-campeonato AA, as medalhas de prata nas UB e BB.

Em Nanning, na China, em 2014, o título foi para Jinnan Yao, que também, na competição, conquistou o título nas barras paralelas assimétricas.

E em Glasgow, no mundial que antecede os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no Brasil, quem são as apostas para o Longines Prize?

Confira uma breve lista com as ginastas premiadas nos últimos WC.

Foto: Thomas Schreyer

Prêmio Longines Prize. Quem leva?

O retorno de mais uma grande

maxresdefaultPor Jerfferson Medeiros

Campeã olímpica no solo em Pequim, 2008, e no salto sobre a mesa em Londres, 2012, Sandra Izbasa, da Romênia, anunciou em entrevista concedida ao site prosport.ro, que voltará aos treinos visando as olimpíadas de 2016, no Brasil.

Em sua fala, a ginasta afirmou que está ciente de que será um retorno difícil e disse, ainda, que terá que trabalhar dez vezes mais do que as meninas da equipe, contudo está motivada e disposta ao desafio.

Izbasa revelou que seu retorno é motivado por sua compatriota Catalina Ponor, que acaba de voltar de sua aposentadoria e voltou a treinar para as olimpíadas do Rio de Janeiro (BRA).

Saiba mais.

Fonte: prosport.ro/ Foto: Thomas Schreyer

O retorno de mais uma grande

Algumas das melhores séries do ciclo olímpico de Londres

vault-gymnastics-mckayla-maroney-inspiration-ideas-1Por Jerfferson Medeiros

A estadunidense McKayla Maroney é dona de um dos mais bem executados amanar. Maroney em vários momentos e competições superou a casa dos 16 pontos. Detém os títulos mundiais no salto sobre a mesa nos campeonatos de Tóquio, em 2011, e Antuérpia, em 2013. Possui, ainda, a medalha de prata na Olimpíada de Londres.

Olympics+Day+10+Gymnastics+Artistic+7Y8FvSsxD2ilElizabeth Tweddle foi uma das mais condecoradas atletas britânicas. Especialista nas barras paralelas assimétricas e no solo, ela conquistou vários títulos em etapas de copa do mundo, em europeus e campeonatos mundiais. Tem, ainda, uma medalha olímpica, conquistada em casa, nos jogos de Londres, em 2012. Em WC, a atleta conquistou 5 medalhas, destas, 3 de ouro, sendo duas nas paralelas.

sui_lu_sui_lu_57MnIl6.sizedLu Sui foi a única chinesa a conquistar uma medalha no solo, pós Fei Cheng, e no último ciclo olímpico. No FX, conquistou a medalha de bronze no mundial de Londres, em 2009, e a medalha de prata no mundial de Tóquio, em 2011. Em terras japonesas, ela travou uma batalha com Alexandra Raisman e com Ksenia Afanasyeva, apresentou uma série com nota D=6.1, e levou o vice-campeonato. Sui, no mundial pré-olímpico, levou o tão almejado título na trave, almejado e esperado, porque ela apresentava dificuldade e execução suficientes para arrebatar medalhas neste aparelho. Ainda neste mundial, somou expressivos 15.866 (D=6.6), na BB. No ano subsequente, não escondeu a decepção quando perdeu o ouro para sua compatriota, Linlin Deng.

ksenia_afanasieva_gaf_entra_nements_ffgym_lBZqETUp.sizedIntegrante da equipe que conquistou o título em 2010, as medalhas de prata em 2011 e 2012, além do título no solo no mundial de Tóquio. Esses foram alguns dos expressivos títulos conquistados pela russa Ksenia Afanasyeva no ciclo olímpico passado. Pós Londres, ela se tornou campeã do solo no europeu e na Universiade, em 2013, ultrapassando os 15 pontos, e com uma das séries mais artísticas do ciclo. Ksenia é, sem sombra de dúvidas, uma das atletas que atrela artisticidade, plástica, elegância e dificuldade em suas séries, cumprindo com o que o novo código de pontuação exige.

Algumas das melhores séries do ciclo olímpico de Londres