Por Jerfferson Medeiros
São Paulo e o Brasil retornaram ao calendário esportivo da FIG, e com grande reestreia. Atletas renomados e de vários países tem mostrado um excelente nível em mais um grande evento, que antecede o Mundial, e decerto dará início às escolhas que integrarão às equipes para Glasgow.
Ontem (02), aconteceram as primeiras finais, e muitos foram os destaques. Vale ressaltar que a competição não seguiu a ordem olímpica.
Começando as disputas, no salto sobre a mesa masculino, o jovem e promissor Ângelo Assumpção aumentou sua nota de dificuldade (6,0|5,6) em relação à classificatória (5,6|5,2), teve notas de execução acima dos 9 pontos, foi o único atleta a superar, na média, os 15 pontos, e clamou o título. Mathias Fahrig (GER) conquistou a medalha de prata (5,6+5,6|14,850), e o brasileiro Diego Hipólito, o bronze (5,6+5,8|14,837). O favorito à prova, Enrique Sepulveda (CHL), que havia se classificado na 1ª colocação, errou o tsukahara com duplo carpado e conquistou a 4ª colocação.
Na barra fixa, ouro para o chinês Ruoteng Xiao. Na oportunidade, apresentou a maior nota D da final, 7,0, somou 15,125 e levou o título. A Argentina, com o Nicolas Cordoba, conquistou a medalha de prata (6,5|15,050). A surpresa deste pódio, e merecidamente, foi protagonizada pelo dominicano Audrys Nin Reyes, que apresentou a segunda maior nota de dificuldade, 6,9, pontuou 14,975, e levou o bronze.
Já nas barras paralelas, o título foi arrebatado pelo alemão Lucas Dauser, que travou a disputa com o chinês Xiaodong Zhu. Na classificatória, ambos os ginastas pontuaram 15,650. Dauser somou 15,750 (6,7) nesta final. Zhu, (D=6,5), somou 15,525. Francisco Barreto (BRA) aumentou em um décimo sua nota D, 6,3 para 6,4, superou sua nota da classificatória, finalizou com 15,300 e conquistou a terceira colocação.
No mundial de Nanning, realizado ano passado, Dauser já dava sinais sobre sua promissora série de paralelas. Na final por equipes, conquistou a maior nota, dentre os alemães, 15,366. Vale também destacar, que Xiaodong foi o representante chinês na 1ª edição dos Jogos Olímpicos da Juventude.
Ainda em relação a esta final, o medalhista mundial no WC de 2013, o estadunidense John Orozco foi o quarto colocado (6,7|15,275).
Nos eventos femininos, Yalan Deng (CHN) apresentou dois saltos difíceis, os mais dentre as competidoras, 6,0 e 6,2, respectivamente, e conquistou o título. Rebeca Andrade apresentou as maiores notas de execução desta final, (5,8=9,275|5,2+9,125) e conquistou a medalha de prata com 14,700. A chilena Franchesca Santi foi uma grata surpresa deste evento, onde apresentou um DTY que lhe rendeu 14,725, e na média se manteve acima dos 14, conquistando o bronze. A brasileira Letícia Costa apresentou um DTY, 14,700, e foi a 4ª colocada.
Na final das barras paralelas assimétricas, representando a tradicional escola chinesa e sem a participação de Jiaxin Tan, Chunsong Shang conquistou a medalha de ouro, ao apresentar uma série de 6,7 de dificuldade e pontuar 15,025. As alemãs Sophie Scheder (6,4|14,875) e Elisabeth Seitz (6,4|14,700) conquistaram a prata e o bronze, respectivamente. Elsa Garcia, do México, fez uma grande apresentação, pontuou 14,525 (D=6,0), subindo à quarta colocação. Garcia superou em mais de um ponto sua nota da etapa classificatória.

Fotos: Ricardo Bufolin/CBG